Guerrilheiros

Existem hoje dois grandes grupos guerrilheiros em atividade na Colômbia, a FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e a ELN (Exército de Libertação Nacional. A FARC - liderado por Tirofijo, o mais antigo chefe guerrilheiro ainda em atividade -, surgiu em 1959, inspirado da vitoria de Fidel Castro em Cuba. Foram os comunistas colombianos que o organizaram, tem aproximadamente 22 ou 25 mil guerrilheiros. Existe também o ELN, veio um pouco depois e sua abordagem é radical para a mudança social e a preferência pela luta armada. Cada um deles a seu modo procuram chegar ao poder não pelos procedimentos democráticos mas pela luta armada revolucionária. Até uns dez anos atrás seus recursos vinham das pilhagens, dos seqüestros, dos pagamentos forçados de impostos de proteção cobradas às empresas e aos fazendeiros.

As FARC são consideradas uma organização terrorista pelo governo da Colômbia, pelo governo dos Estados Unidos, Canadá e pela União Européia. Os governos de Equador, Bolívia, Brasil, Argentina e Chilenão lhes aplicam esta classificação. Elas afirmam defender o pobre agricultor na luta contra as classe favorecidas colombianas e se opõem à influência americana na Colômbia, particularmente o Plano Colômbia. Outros interesses das FARC incluem a luta contra a privatização dos recursos naturais, as corporações multinacionais, e as forças paramilitares. As FARC dizem que estes objectivos motivam os esforços do grupo a tomar o poder na Colômbia por uma revolução armada. Tais esforços são principalmente a seqüestro, e participação no tráfico ilegal de drogas.
Seqüestros, tráfico de drogas e assassinatos são as principais técnicas que a Farc utiliza. Estupros de reféns e tortura não são tão comuns, como disse Consuelo González, uma das prisioneiras libertadas em janeiro. Suas vítimas são acorrentadas pelo pescoço, obrigadas a marchas forçadas no meio do mato e tem de fazer cirurgias improvisadas com facas de cozinha

- Ana Luisa Hernández e Diego Miranda